Para agir é preciso motivo. São os motivos a centelha da ação. Os eleitores brasileiros precisarão de motivos para agir, de motivação. Mesmo com a centelha, o caminho para ação efetiva (manifestações, interesses… voto), ou seja, o rastro da pólvora, não parece curto. Para alguns temas políticos, é longo; para outros, longo e úmido, com potencial para apagar centelhas. A comunicação política terá um grande desafio em 2018.
Gurus da comunicação política estão em polvorosa. As “formuletas” de prateleiras, que sempre eram acionadas em campanhas políticas, precisam de inovação, e isso dará muito trabalho. O eleitor, em meio a tantos horrores da política nacional, não tendo no horizonte uma solução que promova esperança por dias melhores, parece ter virado a “chave dane-se” para a política. Esse novo comportamento é fruto de um novo momento em que não cabem velhas fórmulas de comunicação. A tendência ao lidar com o desconhecido pode ser, ao invés de inovar, encaixar fórmulas dominadas. Sempre estará na mesa alguém que dirá: “É simples… Basta reeditar aquela estratégia dos anos 80.”. Para desvirar a “chave dane-se”, será preciso entender com muito cuidado o diálogo que o eleitor quer com a política. As lideranças políticas têm consciência de que isso não será uma tarefa fácil como costumam prometer alguns estrategistas de comunicação política