O Valor Econômico apresentou o seu ranking 2017 das 150 empresas mais inovadoras no Brasil, e constatações interessantes são trazidas por esse ranking. Alguns setores da economia têm representantes alocados somente a partir da 10ª posição. A primeira empresa do segmento de tecnologia da informação aparece na 26ª posição. Parece-me surpreendente que o setor não esteja nas primeiras posições. Outro dado curioso: a primeira representante do setor de comércio, que é uma empresa com atividade de comércio eletrônico, aparece na 46ª posição. As vantagens competitivas promovidas por inovações devem ter reflexo mais intenso em setores tão estratégicos para a economia brasileira.
Temos de inovar! Uma verdade sempre presente em discursos institucionais e de gestores. A expressão está tão em moda que sua ausência se tornou até estranha em qualquer explanação do cotidiano da gestão empresarial ou governamental. Novas ideias, que quando realizadas melhoram ideias anteriores, são desejadas por gestores e consumidores. Embora tenhamos mais ideias do que fatos concretos – o que é natural -, é sempre bom ter uma mente inovadora perto das estratégias institucionais. Mas não é nada fácil colocar essas boas ideias em prática. O papel dos departamentos de P&D (pesquisa e desenvolvimento) das empresas deve ser celebrado… é uma dura missão.
Imaginem para quem começou a pensar os conceitos de inovação no início dos anos 1900. Joseph Schumpeter, austríaco que recebera formação aristocrática, normalmente associada ao pouco contato com as ciências, tornou-se um dos mais importantes economistas da primeira metade do século XX. Inspirado pela sociologia de Marx e Weber, dedicou-se ao estudo do desenvolvimento do capitalismo. Schumpeter lançou luz sobre os conceitos de ciclos econômicos, entendendo que a inovação tem papel fundamental na dinâmica do capitalismo e que o empreendedor é essência da inovação.