Luiz Fernando Guimarães, encenando uma espécie de paparazzi, flagrava celebridades com Havaianas nos pés. A estratégia era remover estigmas de produto popular e alcançar consumidores de outras classes sociais. Mas não fora a primeira ação comunicativa de impacto das sandálias que têm o status da marca brasileira com maior sucesso no exterior. Com bordão formado pelo trio de orações negativas – “não deforma, não solta as tiras e não tem cheiro” -, Chico Anysio foi o precursor da publicidade das sandálias, lançadas na década de 60, inspiradas nas Zori (sandálias japonesas).
Atualmente, com mais de 400 lojas no Brasil e mais de 100 no exterior, a Havaianas faturou cerca R$ 4 bilhões e vendeu 250 milhões pares de sandálias em 2016. Com tanto sucesso, o estigma a ser eliminado agora é outro: sair das mãos de empresários que estão entre os mais rejeitados do país. Os irmãos Batista estão em tratativas para vender a Alpargatas, empresa detentora da marca Havaianas. Muitas amarras tornam as negociações complicadas. Com a reputação que a marca alcançou, a conclusão das negociações e a transferência para um grupo que não frequenta páginas policiais (e políticas) já será a solução de que o nome Havaianas precisa para seguir a sua história de sucesso.
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