Não se pode negar o poder simbólico de outras formas de interação. A alteridade, percepção que o consumidor tem sobre o comportamento dos outros consumidores, tem grande impacto nos processos decisórios. Retratamos, no entanto, mais a interação interpessoal, que se refere ao relacionamento cotidiano com um influenciador com o qual o consumidor costuma se comunicar. Embora não seja possível descartar outras formas de interação e influência, as interações domésticas se mostram, minimamente, como confirmadoras de outras interações. Outro ponto de destaque: de uma forma geral, 57,5% dos consumidores são influenciados no consumo por alguém com quem se comunicam frequentemente; entre os que não usam rede social, o índice é bem maior, chegando a 67% na RM-RJ, o que subsidia as ações com os “consumidores off-line”.
O tipo de produto impactado pelas relações interpessoais encontra distinções nas duas regiões estudadas. Na RM-SP, o destaque está em vestuário/calçados, em higiene e beleza e em eletroeletrônicos. Para a RM-RJ, o nicho de alimentos e bebidas e o de tecnologia ganham relevo.
Os resultados mostram outra constatação importante: o segmento “shopper/consumer”, composto por aquelas pessoas que compram as marcas e produtos que consomem, interage menos com influenciadores do que o segmento “consumer”, composto por aqueles que escolhem marcas e produtos comprados por terceiros. Nas duas regiões, o grupo “shopper/consumer” apresenta índice de interação com algum influenciador na casa dos 50%, enquanto o segmento “consumer” apresenta o indicador na casa dos 70%.