É grande o poder da indicação de uma marca. Por isso, tornou-se um importante indicador na gestão de marcas (NPS – Net Promoter Score, que aponta o quanto um consumidor está disposto a indicar determinada marca). Nos processos de interação, a opinião dos outros é fundamental para consolidação da percepção sobre a marca. O poder da indicação está relacionado com graus de confiança, hábitos, empatia com quem indica. Se não confio ou não tenho empatia com alguém, ou se esse alguém tem hábitos distintos dos meus, a indicação terá peso menor. O poder das microinterações é superlativo, quando bem planejado.
Essa discussão está ainda mais atual com os influenciadores nas redes sociais, contratados a peso de ouro para indicar marcas. Em alguns casos, qualquer marca… independente da relação do influenciador com o que está indicando.
Fui surpreendido pela equipe de uma celebridade, uma das mais conhecidas no Brasil, na proposição de um diagnóstico. O objetivo era estudar o mercado para saber quais segmentos de produtos estariam mais associados à imagem/identidade daquela celebridade. Desenvolvi o projeto com muito gosto, com encantamento e com uma certeza: a louvável preocupação daquela celebridade sobre a responsabilidade de indicar um produto. A certeza de que, se ela estava fazendo o diagnóstico, significava que anunciantes e agências não estavam muito preocupados com esse tipo de avaliação. E isso pode ser a explicação para o fracasso de muitas campanhas com celebridades.