O alvo pregado na parece da sala de jogos estava totalmente perfurado, desde o centro (parte que se busca acertar) até a área periférica. Não havia ali uma área sequer sem as marcas dos dardos que eram lançados. Nem mesmo a parede escapava dos mais imprecisos. O alvo pendurado na sala de jogos é o retrato das inúmeras tentativas de acerto – algumas precisas, outras nem tanto. É o jogo da tentativa-erro, exceto para os atletas.
Assim podemos separar os gestores de comunicação. Atletas de dardos que buscam a precisão de seus lançamentos. Para eles, o erro é eventual… quem sabe raro? Está na essência do atleta buscar o acerto. O bom gestor de uma marca, política ou mercadológica, busca com cuidado, responsabilidade, disciplina, o centro do alvo – tudo para não colocar em risco a reputação da marca.
Mas sempre haverá os que não têm responsabilidade com o acerto no centro do alvo. Sempre haverá os que jogam por média, uma hora acertam, outra hora erram. Em muitos casos, nem verificam o nível de acerto, sempre argumentam para o cliente que a campanha foi excepcional. Os que brincam de tentativa-erro colocam em risco a reputação das macas. Mas os clientes começaram a observar os alvos com mais rigor… auditorias de marcas, consultorias, pesquisas independentes. As marcas fora do centro, e até nas paredes, estão colocando em xeque muito “oba-oba” das ações comunicativas.