Enquanto esperava ser chamado, servia-me da garrafa térmica de café que estava sobre a mesa da recepcionista. O ambiente simples, embora aconchegante, não traduzia a estrutura que estava atrás da porta por onde entravam os funcionários. Ao ser chamado, acompanhei o assessor do presidente da instituição, passando pelo grande corredor para onde se voltavam as salas de trabalho envidraçadas. Enquanto andava, observava as equipes de trabalho e lia o departamento correspondente a cada sala nas placas cravadas nas portas. Das muitas salas, uma me chamou mais a atenção… vazia e com as luzes apagadas. Tratava-se do departamento de comunicação.
Em quantas instituições, empresas, governos, essa realidade -literal ou metafórica – aplica-se? Em momentos de crise, o primeiro corte costuma ser o da comunicação. Nas agências de publicidade, o planejamento é o que mais corre riscos em tempos de aperto – e a comunicação se volta mais para ações em voo cego.
Em tempos de crise, a comunicação pode ser responsável por retomadas… mas, infelizmente, é a primeira luz a se apagar… e, em muitos casos, essa atitude promove o apagar de outras luzes.
1 Comentário
Realmente a comunicação tradicional vive momentos de trevas. É hora de buscar a luz de “Diógenes, o cínico”…